terça-feira, 1 de março de 2011

Quando perdemos alguém querido!

É comum para nós internautas, vez ou outra recebermos algum email que fale da importância de valorizarmos as pessoas enquanto elas estão aqui entre nós, vivas.
No momento que estamos lendo aquele email, aquela mensagem, por alguns minutos ficamos pensando no assunto, repassamos logo para nossos contatos, principalmente para os amigos mais próximos e familiares. E muitas vezes paramos por aí. Mas só quando o telefone toca e do outro lado da linha ouvimos uma voz triste de algum conhecido comunicando o falecimento de um amigo, ou de alguém de nossa família, é que a nossa ficha cai e naquele dia podemos sair mais cedo do trabalho para ir ao velório daquela pessoa que até então não tínhamos nos dado conta do quanto era especial e importante em nossas vidas. Naquele triste dia que dentro de nós o sol da nossa alegria se esconde por detrás de uma nuvenzinha cinza e triste, começamos a nos punir com pensamentos que deveríamos ter tido antes... antes daquele telefonema, daquela noticia. Largamos tudo o que estamos fazendo e vamos dar nosso ultimo adeus àquele amigo (a). Arrumamos tempo até pra parar em uma floricultura e comprar lindas flores, e, em pensamento continuamos nos torturando com lembranças do dia que essa pessoa querida nos ligou para convidarmos para um happy- hour, mas a canseira de um dia de trabalho falou mais alto e recusamos o convite. Ou então aquela festa de aniversário dessa pessoa que deixamos de ir porque lá íamos encontrar algum desafeto, e tudo o que fizemos foi enviar um email de felicitações ou deixamos um scrap no Orkut. Como nos tortura recordar de tantas ocasiões felizes que deixamos de compartilhar com aquela pessoa que agora se foi...Se foi antes mesmo de ouvir de nós o quanto amávamos  sua amizade, seu carinho...se foi antes de agradecermos por tanto ombro amigo que nos prestou em algum momento difícil de nossas vidas...se foi antes de pedirmos desculpas por tantos “NÃO” que falamos quando recebíamos um convite pra sair. Por que nós só paramos pra pensar no quanto aquela pessoa nos era importante no momento que não temos mais tempo de dizer isso, quando já é tarde demais. Vamos nos lembrando que nunca tínhamos tempo de partilhar daquela companhia adorável ou porque estávamos trabalhando demais, ou porque estávamos cansados...ou por tantos outros “porquês”.
E diante a dor da perda nossa cabeça vai longe, vamos nos acusando interiormente das vezes que acabamos deixando de responder um email ou simplesmente na correria do dia a dia deixamos de encaminhar virtualmente um “Olá, como você está?”. É nos faltava tempo, mas porque nesse dia que essa pessoa partiu arrumamos tempo para o ultimo adeus?. Creio que muitos já viveram por momentos semelhantes a esse, e pensando que poderia ter arrumado sim um tempo pra estar mais presente na vida daquela pessoa. Temos o triste hábito de achar que porque a pessoa está bem, ela vai viver muito ainda e então vamos adiando o “Sim” para um convite, ou para dedicar um tempo ao lado dessa pessoa. Vamos percebendo também o quanto somos mesquinhos às vezes; uma palavrinha ou um gesto muitas vezes nos ferem de alguma forma e acabamos nos afastando de pessoas que amamos muito, mas o orgulho fala mais alto e deixamos um pequeno mal entendido romper laços de uma amizade sólida ou laços até familiares. E só diante a dor da perda é que lamentamos ter sido tão pequenos, tão fúteis por assim dizer. Deixamos de lado alguém importante por problemas nada importante.
Sim, muitas vezes deixamos mesquinharias serem mais fortes do que o nosso bom senso de saber que vez ou outra todo mundo tem divergência de opiniões, discutem, bate-boca. Muitas vezes já magoamos alguém sem ser essa nossa intenção. Percebe como valorizamos demais coisas que não nos trazem nada de benéfico e só nos damos conta disso quando estamos com flores nas mãos, diante de um tumulo, derramando lágrimas de uma saudade que já se antecipou em chegar...lágrimas de remorso sim por sermos tão distantes uns dos outros. Então vamos deixar certos rancores de lado, vamos pensar mais com o coração e procurar pessoas que queremos tão bem, mas que por algum motivo, ou falta de tempo, não estamos dando a devida atenção. O tempo passa rápido demais, não adie tanto as coisas que tem pra fazer, pra dizer. Se pararmos pra refletir vai ver o quanto tempo temos disponíveis sim para estar mais presente na vida de quem prezamos! É tudo uma questão de se organizar, de dar um jeitinho.
Vamos pensar mais sobre isso e parar de pensar: “Ah no próximo aniversário dele (a) eu vou, nesse não vai dar mesmo”. Não temos como prever o minuto seguinte, quanto menos saber qual vai ser a nossa ultima chance de dar aquele abraço carinhoso. A nossa consciência é a primeira a nos acusar quando nos distanciamos do calor de uma amizade ou do seio da nossa família!!!

2 comentários:

  1. Oi Drinha, estava lendo sua postagem e acabei me identificando com seu texto. Eu perdi meu pai há 04 meses. Sei que fui uma filha que esteve sempre junto dele, fiz tudo o que podia quando ele adoeceu, tinhamos um ótimo relacionamento, mas mesmo sabendo que fui presente em todos os momentos da vida dele ficou a sensação que eu podia ter feito mais. No seu perfil não dá pra saber muito sobre vc, mas eu identifico uma pessoa sensivel pelo modo que se expressa. E vc é uma dessas pessoas que coloca em palavras o que vem de dentro do coração. Beijão...adicionei seu blog no meus favoritos em meu navegador, sempre vou fazer uma visitnha.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Rosangela, fico muito feliz em saber que gostou. Obrigada pelo elogio. Volte sempre. Bjs

    ResponderExcluir

 
©2007 '' Por Elke di Barros