domingo, 20 de março de 2011

Amor e respeito a toda forma de vida


Parece que a cada dia que passa o mundo fica mais triste. Ligamos a televisão ou abrimos um jornal e o que mais vemos são tragédias, crimes, corrupção. E bate aquela sensação de que o amor, sentimento tão sublime, está se afastando dos corações de muitos. É tanta frieza, crueldade, egoísmo que passamos a ficar inseguros quanto ao que aguarda no futuro as nossas crianças, os nossos jovens. Porque a cada dia que passa o terror aumenta, como vai estar esse mundo daqui alguns anos? Será que dá pra piorar?
Não há como se manter distante, não há como não se envolver emocionalmente com todas as barbáries que vemos nos noticiários. Onde está o amor?. Onde está o respeito à vida?. São mães que abandonam bebes recém nascidos em lixeira, terrenos vazios. São filhos matando os pais e vice versa. E está muito comum ouvirmos as pessoas dizerem:
“O mundo está perdido”. Não vamos nos conformar e nos apoiar nessa frase de que o mundo está perdido. Vamos fazer a diferença. Se cada um de nós semear uma sementinha de amor, solidariedade, gratidão, talvez podemos ver paisagens mais bonitas no futuro. Até os animais, criaturas indefesas são vitimas das crueldades de alguns ditos “seres humanos”. Desde criança eu adoro animais, plantas, aliás, são vidas também. E toda forma de vida deve ser respeitada. Certa época de minha vida trabalhei em uma empresa que ficava próxima a uma rodovia, e era comum pessoas abandonarem cachorros por ali. Ou porque o cãozinho estava doente, ou porque a cadelinha estava esperando cria. E perto da empresa tinha sempre uma cadela  abandonada, machucada.
Passei a levar comida pra ela todos os dias, e fui cativando a atenção dos demais daquela empresa a não jogarem mais restos de suas marmitex no lixo, eu deixava no refeitório uma vasilha e eles colocavam os restos ali. E dessa forma consegui ajudar aquela cadelinha a ficar mais forte, bonita...e um dia vi que ela entrava num terreno vazio e de lá ficava olhando em minha direção e abanando o rabinho, em seguida corria para dentro daquele terreno...depois voltava olhava pra mim e sempre abanando o rabinho. Decidi entrar naquele terreno e pra minha surpresa lá encontrei um lindo filhotinho...a impressão que tive é que ela estava grata com meus cuidados e carinho e decidiu mostrar pra mim seu filhinho. E não é que aos poucos foram aparecendo mais cachorros na porta da empresa, no total eram 05, e graças a Deus e a ajuda dos meus colegas de trabalho, tínhamos comida pra todos eles. Muitas vezes eu levava restos de comida da minha casa pra reforçar...E era gratificante pra mim cada vez que eu virava a esquina logo pela manhã, e de longe vinham correndo, fazendo festa em minha direção, aqueles cachorros que conquistaram meu carinho. Houve um dia que ao passar pela rodovia bem cedo, eu vi um deles morto na beira da pista, havia sido atropelado. E o que mais me deixou comovida foi ver os outros sentadinhos ao lado do amiguinho morto. Aquela manhã foi triste e inesquecível. Por outro lado passei a amar e respeitar ainda mais os animais, demonstravam estar tristes com a morte do companheirinho.
Aquela cena nunca mais saiu da minha cabeça. Infelizmente eu não consegui dar um lar a todos eles, e empresas vizinhas passaram a me ajudar a alimentá-los. O que ganhamos em troca? Ah, ganhamos muitas coisas, entre elas amor, carinho, e a leveza no coração de saber que de alguma forma eu motivei muitos a me ajudarem a pelo menos dar o que comer aqueles cachorros. Já tem algum tempo que não estou mais naquela empresa, mas sei que deixei gravado no coração dos meus antigos parceiros de trabalho a solidariedade e o respeito aos animais, porque eles continuaram a tratá-los. Por menor que seja o nosso gesto, mesmo que possa ajudar com muito, mas muito pouco, saiba que para alguém ou para algum bichinho esse pouco é muito. E se alguém que não gosta de animais ler essa postagem, peço apenas uma coisa: Se não consegue enxergar a sinceridade, a lealdade no brilho dos olhos dos animais, se não consegue perceber a dimensão do amor que eles podem nos devotar, peço apenas que não os maltrate, eles também sentem dor, amor, frio, fome... apenas os respeite como vida!

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