terça-feira, 2 de agosto de 2011

Companheirismo


Tempos modernos... correria, muito trabalho, estudos, e 24 horas parece pouco para um dia. Há dias que deveriam ter 48 horas pra que pudéssemos dar conta de tantas obrigações e responsabilidades, em contrapartida, há dias que parecem demasiadamente longos. Tanta tecnologia, tantas coisas que facilitam nosso trabalho e mesmo assim vivemos tão ocupados planejando o futuro, e nem nos damos conta de que o futuro já está acontecendo, mas estamos tão ocupados pra perceber isso. Relacionamentos estão mais frios, muito contato virtual e pouco abraço caloroso. Temos a sensação de que estamos felizes sem compromissos, abraçando a solidão! Também pra que nos relacionar, formar um compromisso se hoje é tão simples, podemos ir a uma balada, trocar olhares com certo alguém, talvez trocar uns beijos, mas trocar numero de telefone nem pensar não é? Compromisso parece assustar tanto, ou seria ameaçar nossos projetos de vida? Podem ser tantos os motivos que fazem com que muitas pessoas apreciem relacionamentos relâmpagos e sem amarras, mas fica uma sensação de que, quanto maior a sensação de liberdade, maior o desejo de ter alguém por perto, bem perto. Alguém que possamos contar como foi nosso dia, compartilhar nosso plano para o futuro, trocar idéias, rir de besteiras. Alguém que apenas nos ouça ou que saiba traduzir nosso silêncio profundo. Alguém que conheça nosso olhar, que saiba enxergar o que estamos escondendo por detrás de um sorriso. Tudo isso se resume em Companheirismo, alguém que podemos contar o que der vontade sabendo que podemos confiar que está conosco para o que der e vier, mas que esteja presente principalmente naqueles momentos em que parece que as luzes da platéia se apagaram e todos se foram... Isso não é algemas ou algo que possa atrapalhar nossos planos futuros;  encontrar o companheirismo não é nada fácil porque é uma combinação de sentimentos: admiração, afinidade, respeito , confiança e muito carinho, que juntos dão a formula perfeita. É, mas parece que insistimos em tentar acreditar que sozinhos somos o bastante... mas será mesmo?
 
©2007 '' Por Elke di Barros